O clima é de fim de confinamento. Por mais que os números de contaminados digam o contrário, em muitos lugares do país, as cidades se preparam para a volta à normalidade de máscaras.
Toda essa atmosfera contribui para que os já exaustos alunos quarentenados, fiquem “de saco cheio” das rotinas online.
Acontece que as aulas presenciais não voltam amanhã, nem depois. E a verdade é que alguns aspectos desse modelo remoto devem se manter no pós-pandemia, já que se mostraram eficazes em diversos aspectos da aprendizagem.
Para que o tão desejado (por mim ao menos)
modelo híbrido (presencial e à distância juntos) dê certo, todos têm que comprar a ideia: escola, professores, pais e alunos.
E se agora há um cansaço desse formato, por que não ousar? Por que toda a rotina fica chata? Primeiro porque é rotina e rotinas tendem a cansar. Segundo porque, em geral, as pessoas tendem a se acomodar num modelo que funcionou no início e no meio.
Se as aulas online estão cansando e rendendo menos é hora de ousar, subverter, sair da sua caixa e voar.
O que fazer na prática?
1- Entregar mais aos alunos a produção das aulas: eles apresentam algum tópico ou projeto. Eles abrem as aulas.
2- Gamificar TUDO. Quando eu digo tudo, é tudo. A aula vira um Jeopardy do início ao fim e tudo vira ponto a ser registrado. Quem ganhará essa rodada?
3- Passe demandas de edições de vídeos para os alunos- sua matéria correrá o risco de ser a mais divertida da escola!
4- Efeitos de câmera são divertidos. Use de vez em quando e, sobretudo, deixe-os usar. Mas lembrando que essa maquiagem por si só não muda o formato das aulas que, muitas vezes, continua chato.
5- Aula online deve ser o menos expositiva possível. Tente falar através de piadas,
notícias, Infográficos, séries de TV e charges.
6- Cante. Musicalize a aula. Quem canta, seus males espanta.
7- Surpreenda. Faça uma aula nos celulares. Proponha movimento pela casa. Envolva as partes da casa e os pertences do aluno na sua aula. Peça pra mostrar,
Compartilhar, falar sobre. Pode ser o bicho de estimação ou o porta-retrato. Pode-se propor a aula com chá e cada um experimenta o de sua preferência.
8- Por fim, deixe-os ter um momento deles. Sim, abra tudo e deixe-os lá, de papo pro ar, batendo papo, Fazendo que sempre fizeram no recreio que o vírus lhes roubou.
Se aparentemente é tempo perdido, saiba que se trata de tempo ganho e de extremo valor.
São essas atitudes de “professor maluquinho” que ficaram no baú de memórias inesquecíveis de nossos alunos.
E é essa postura mais aberta ao “fora de controle” ou “fora da caixa” que vai fazê-los aprender mais.
Autor: Bia Willcox