Convite à Autoeducação

Verônica Santos

Ao nascermos, trazemos uma bagagem cármica, expressa através da ação dos elementos (terra, água, ar, fogo e éter), forças planetárias e zodiacais em nós. Além disso, recebemos todo o conteúdo da educação familiar, social e cultural ao longo do nosso crescimento na infância e adolescência.
Em nossa trajetória, quando adultos, somos convidados pela vida a transmutar esses aspectos e deixar ser em nós a nossa Verdade, o nosso Eu. O Eu representa a individualidade, parte única que somos dentro do Universo ao qual pertencemos.
E é nesse ponto que entra o processo de autoeducação: autoconhecimento e autodesenvolvimento. Sim, aquele trabalho “interno” que só pertence a nós mesmos, e com sorte, aos que se permitirem receber ajuda, àqueles com quem compartilhamos nossas questões individuais – nossos amigos, conselheiros, Mestres e outros que surgem em nossa jornada. Refiro-me aos nossos diálogos internos, da gente com a gente mesmo, pessoais e intransferíveis, que nos auxiliam reorganizando os nossos pensamentos e consequentemente sentimentos e ações no mundo para que possamos nos fortalecer e escolher o rumo que queremos dar à nossa existência.
À consequência desse processo de reflexão e escolhas, chamamos de maturidade, quando nossas ações não são mais impulsionadas pela influência da educação recebida da família, da sociedade (escola, trabalho e governos) e da cultura. Quando a nossa existência passa a ser integralmente por nossa conta. Nesse percurso, o olhar do outro sobre nós também é importante, e às vezes, precisamos recorrer a ajudas externas como terapias e outras ferramentas que têm o objetivo de nos auxiliar nesse processo de autoconhecimento e desenvolvimento.
É esse autoencontro que, independente da idade, nos permite a liberdade de sermos quem somos, de dentro para fora. Essa liberdade de ser nos torna cada vez mais integrados ao meio ao qual pertencemos. É interagindo que somos capazes de nos reconhecer através do outro e ter uma ação transformadora e construtiva no mundo.
Autoeducar-se é assim: nos conhecer, nos libertar, nos integrar, em nós mesmos e com o mundo. Assumir as rédeas do nosso processo interno: no âmbito mental, psíquico, emocional e físico (cuidados com o corpo) e partir para a vida sem medo de ser feliz! A vida convida, com vida, sempre vale a pena!
Namastê!

 

Verônica Santos é graduada em nutrição, professora de Yoga e aconselhadora biográfica em formação. Trabalha na Casa 23 Saúde e Bem, ministrando aulas de Yoga e participa de workshops biográficos em diversas localidades.