Algo que merece ser trabalhado em sala

Alzira Willcox

Que tal incentivarmos atos de generosidade e empatia em nossa sala de aula? Não precisam ser grandes atos de generosidade e bondade. Não me refiro igualmente às campanhas de arrecadação para orfanatos ou asilos. Falo da generosidade do dia a dia.
Lembre aos alunos que ser gentil não requer grandes gestos. Pode-se começar por pequenos gestos em sala de aula.

Que tal panfletar? Sim fazer panfletos sobre gentileza e bondade. Através de histórias ou conversa, apenas, extrair dos alunos frases sobre gentileza, fazer com que pensem no que é ser gentil. Gentileza com os colegas, empatia para se colocar no lugar do outro, bondade expressa na compreensão do problema do outro e movimento de auxílio, ajuda. O objetivo é envolver os alunos em atos de compaixão. Primeiro passo é conversar sobre.

Outro momento é fazer cartazes para a sua sala e para outras dependências da escola. Transformar a bondade, a gentileza, a empatia em campanha.

Para elaborar os panfletos e cartazes, pode-se fazer um brainstorming para compor uma lista de ações gentis, bondosas e que reflitam empatia. E daí montar os panfletos e cartazes.

Mas é importante que haja investimento do(a) professor(a) no incentivo à execução das ações sugeridas por eles mesmo. E o professor(a) precisa ser um bom exemplo.

E por que não transformar esse projeto em alegria? É importante que se espalhe alegria. A alegria que os pequenos gestos de gentileza e bondade podem e devem gerar. A alegria de simplesmente ser uma pessoa agregadora e legal. Boa.

E como estimular os alunos para que as ações de gentileza, bondade e colaboração sejam cotidianas? Para que internalizem e processem o que começou a ser incentivado, transformando o clima da sala de aula? Então, pode-se criar um mural para que uma estrela ou pompom seja colocado diante do nome de quem fez alguma coisa simpática, legal, agradável, boa, enfim, para alguém da sala, um colega. Estabelecer um ranking entre os alunos e, toda semana dar ao vencedor um diploma de ”mais gentil”. No fim do mês, celebrar em uma festa, um simples bolo para comemorar a alegria de ser bom e gentil.

É possível também fazer jogos, gamificar, fazer competições, criando soluções para situações de dificuldade de alguém (imaginário mesmo). O grupo que em menos tempo pensar na melhor maneira de ajudar é vencedor.

Há ainda a possibilidade de estender essa postura trabalhada em sala para fora da escola. Cada dia da semana pode ter um tema, uma tarefa.

Sugestões:

Às segundas-feiras ajudar nas tarefas de casa, ser gentil com a família. Pensar em alguma forma de ajudar os pais.
Às terças se comunicar com uma pessoa idosa.Até mesmo por internet.
Às quartas escolher um ato de bondade ou gentileza, aleatoriamente e praticá-lo.
Às quintas, o momento de fazer algo para si mesmo, algo que o faça sentir-se bem consigo mesmo.
Durante a semana, os alunos colocam numa caixa, bilhetes, descrevendo o que fizeram, compartilhando os seus atos de gentileza, bondade, cooperação e até caridade para serem lidos na sexta-feira quando serão apreciados pelos colegas. É o momento reflexão de todos, culminância da semana. Compartilhamento positivo
Na verdade estaremos trabalhando aspectos sociais e emocionais dos alunos, tão importantes para a sua formação global. E, através do reforço positivo, combatermos o bullying que é o avesso de todo esse trabalho. Mãos à obra!