Máscara, álcool em gel, respeito e afeto podem ser os ingredientes para a receita de recuperação do bem estar e a saúde da mente em tempos de volta ao presencial nas salas de aulas.
Após dois anos de isolamento social por conta da pandemia causada pela Covid-19, a vida cotidiana parece estar próxima do que era antes de ocorrer todas as transformações e os momentos conturbados que a sociedade passou desde o ano de 2019 até agora. As crianças estão de volta ao presencial nas escolas. É preciso levar em conta os sentimentos das crianças e se perguntar: como as crianças estão encarando o retorno às salas de aulas? A WOWL Education é uma marca que se importa com a qualidade do ensino e aprendizado da educação bilíngue. Por isso, considera a discussão sobre a volta ao presencial depois de dois anos, uma temática que merece atenção e reflexão. Algumas pessoas denominam o contexto atual como o novo normal.
Como lidar com a ansiedade pós-pandemia?
No pós-pandemia, tudo está se adaptando às possibilidades do agora. Isto é, a vida que conhecíamos antes como ‘normal’ deixou de existir. Recentemente a fundadora da WOWL, Bia Willcox, teve a oportunidade de encontrar os alunos de uma das escolas do Rio de Janeiro parceira da marca. Na ocasião, ela pode ministrar uma aula para os kids. O relato da experiência pode ser lido na página do LinkedIn dela.
No depoimento, a Bia ressaltou que é preciso ter mais paciência e praticar o ensino afeito e humanizado com as crianças que estão de volta ao presencial. Para ela, não há como ignorar tudo o que foi vivido nos dois anos de pandemia. Por isso, ela se questiona: como os professores e professoras podem aplicar lições e passar o conteúdo, deixando de lado a empatia pelo sentimentos das crianças?
A VOLTA AO PRESENCIAL: crianças na sala de aula
Não há dúvidas de que existem inúmeras dificuldades em estar de volta ao presencial. Principalmente, para as crianças que vivenciaram todas as mudanças que aconteceram durante os dois anos. Mesmo sem entender o contexto social, elas precisaram se adequar à nova realidade. Ficaram em casa sem poder vivenciar o cotidiano escolar e aproveitar, ao lado dos colegas, a busca pelo conhecimento.
Existe ainda o cenário das vacinas contra a Covid-19. De acordo com a Agência CNN, o Brasil vacinou com a primeira dose 50,5% das crianças. Já a dose de reforço possui um número menor de crianças vacinadas, somente 11, 2%. Por isso, surge um outro receio: as crianças se contaminarem. Mais do que isso, o ano letivo de 2022 foi marcado pelo aumento dos casos da variante Ômicron.
A pediatra Deise Pereira, em entrevista para o site de Escolas Exponenciais, reforçou que a volta ao presencial precisa manter os cuidados de prevenção a Covid-19. Para ela, as escolas devem continuar exigindo o uso de máscaras e de álcool em gel por parte das crianças. “Percebemos que as medidas mais eficazes são o uso de máscara, lavagem das mãos, priorizar atividades em ambientes abertos ou ventilados e isolamento em caso de sintomas. A aferição de temperatura se mostrou uma medida ineficiente, pois gera uma falsa sensação de segurança. Temperatura elevada não é um sintoma obrigatório na Covid-19 e uma aferição normal pode fazer com que a pessoa se sinta protegida e não leve a sério medidas realmente efetivas”, explica.
Em relação a saúde mental das crianças que estão de volta ao presencial depois de tanto tempo em isolamento social, a oficial de educação do Unicef Julia Ribeiro, em entrevista para a CNN Brasil, reforça que é preciso solidariedade e empatia por parte das instituições de ensino. “é fundamental que neste momento o espaço da escola seja um espaço acolhedor para os estudantes, para os profissionais que lá atuam e para as famílias, porque todos nós vivemos diferentes desafios na pandemia”, diz a oficial de educação.
Já o infectologista Marco Aurélio Sáfadi, em entrevista à CNN Brasil, afirma que para manter a segurança das crianças alguns cuidados precisam existir. “Privilegiar ambientes ventilados, utilizar as máscaras, e, neste momento, com a Ômicron, quanto mais ajustadas ao rosto mais eficiente será essa medida, higienizar as crianças e a triagem de sintomáticos”, detalha o médico.
O papel da escola é acolher as crianças que estão de volta ao presencial e oferecer um ambiente de incentivo e de aprendizado. Considerando que foram situações difíceis para todos. Nas escolas as crianças devem sentir que podem aprender com os professores e que podem manter a calma por estarem em um ambiente de segurança.
Por isso, máscara, álcool em gel, respeito e afeto podem ser os ingredientes para a receita de recuperação do bem estar e a saúde da mente em tempos de volta ao presencial nas salas de aulas.